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Seduc ameaça cortar gratificação de professores
(Da Redação) Na última segunda-feira (15), a secretária de Estado da Educação, professora Marli Cahulla, concedeu entrevistas a diversos veículos de comunicação para falar sobre o movimento de paralisação dos servidores da educação, iniciado na semana passada em Rondônia. A secretária foi enfática em afirmar que o movimento atinge uma pequena parcela nas 410 escolas do estado, sendo que na grande maioria, principalmente no interior, as aulas prosseguem normalmente. Segundo Marli Cahulla em cerca de 25% das escolas tem algum tipo de paralisação, mas na grande maioria as aulas prosseguem normalmente. De acordo com a secretária, o aumento salarial de 4,5% será para todos os servidores, não só os da educação, e o abono de R$ 200,00 será somente para os professores que estão em sala de aula, que em muitos casos significará um aumento real de 20% sobre o salário. ?Com certeza os servidores merecem e precisam ganhar mais, o setor é fundamental para o desenvolvimento do estado, mas é o que o Governo do Estado pode conceder. Não adianta querer iludir o servidor e dar um aumento maior que os cofres públicos possam suportar. É melhor ter um aumento, mesmo pequeno, e receber o salário em dia do que ficar meses sem receber?, disse a secretário durante entrevista a uma rádio na capital. Outro ponto citado pela secretária são os demais investimentos do Governo do Estado na melhoria da qualidade da educação: reformas e construção de novas escolas, capacitação de servidores, compra de equipamentos e tudo o mais que é preciso para se oferecer um educação de qualidade. ?O que é possível fazer, estamos fazendo. Este índice é o máximo que o Governo do Estado pode assumir para todos os servidores, diferente do Governo Federal, por exemplo, que não vai dar nenhum centavo de aumento aos servidores e nem por isso eles estão fazendo greve ou paralisação?, disse Marli Cahulla. A GREVE ? A direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do estado de Rondônia (Sintero) em assembléia da categoria foi analisado e discutido o anúncio do governo, de 4,5% de aumento para os servidores e abono de R$ 200,00 para alguns professores. Essa atitude do governo foi considerada discriminatória, pois, além de muito distante das perdas salariais, beneficia apenas parte da categoria, deixando de fora parte dos professores e os técnicos (merendeiras, zeladoras, vigias e pessoal da secretaria). ?O discurso de que o Estado não tem recursos já não convence mais. Se o Estado não tivesse recursos não aumentaria os cargos comissionados e não teria aumentado os salários dos secretários e dos maiores contracheques do governo?, disse Claudir Mata, presidente do Sintero. O movimento grevista será intensificado nesta semana, pois os trabalhadores que ainda não pararam já demonstraram disposição para reforçar a luta, pois estão vendo os seus salários cada vez mais defasados. CANCELAMENTO DA GRATIFICAÇÃO - A secretária de Educação confirmou que, caso os professores não encerrem o movimento e retornem às salas de aula hoje (16), o abono de R$ 200,00 aos professores em sala de aula será cancelado e não haverá nenhuma outra compensação, principalmente porque a Lei Eleitoral não permite aumento salarial nem abono seis meses antes das eleições, ou seja, a partir do dia 2 de abril próximo. Finalizando, Marli Cahulla fez um apelo para que os servidores não se deixem levar por sindicalistas interessados no momento político, e que retornem às salas de aula para que os alunos, principal preocupação e razão maior do trabalho da Seduc, não sejam prejudicados com uma paralisação, e nem os professores percam o abono que está sendo oferecido. ...


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